terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Segundo capítulo: O primeiro contato



Era feriado longo e eu não tinha para onde ir, Lucy ia para a casa de seus pais. Já eu não tinha nada para fazer, não podia ir para casa porque meus pais estavam em processo de divórcio e não me queriam por perto. A escola estava vazia e minha última opção era a biblioteca.
Quando cheguei a biblioteca peguei o primeiro livro que eu vi- estava tão distraída que nem percebi que falava sobre mitologia de vampiros e lobisomens. Comecei a gostar do assunto, vi um vulto atrás de mim, mas estava tão entretida na história que nem percebi.
-Oi... Vampiros? Você gosta? Interessante – disse uma voz com um sotaque e um tom sarcástico.
-Não muito- respondi num tom sério tentando combater o tom sarcástico- Só peguei esse livro porque concidentemente ele era o primeiro da prateleira de história, mas até que gostei do assunto...
Continuei lendo sem dar atenção, mas ele puxou uma cadeira e sentou do meu lado.
-Sabe... Eu não acho que você seja uma delinquente.
-Sério? Acho que você é o primeiro. Todos acham isso, parecem que tem medo de mim, mas não que eu ligue. Só gosto quando as pessoas não prestam atenção.
-A escola esta vazia e já que aparentemente você não tem nada para fazer... Quer dar uma volta?
-Já que eu não tenho nada melhor para fazer- disse desinteressada.
Saímos da biblioteca e andamos pela escola durante um tempo. Nunca parei para observar a escola e perceber quão velha ela era.
-Então... De onde você veio?
-Detroit, eu meio que bati numa garota e fui expulsa.
-Serio, achei que era pior. Pelo jeito que falam- disse com um sorriso.
-E você?- ignorei o que disse.
-Inglaterra. Moro aqui há já faz um tempo- disse sorrindo
Não falei mais nada.
-Meus amigos estão fazendo uma festa no nosso dormitório. Quer ir?
-Sim.
Não prestava atenção em mais nada, estava entediada e ele o que eu poderia chamar de companhia.
-Acho que eles foram para outro lugar - disse ele quando chegamos ao quarto vazio.
-Que pena. Vou para meu quarto dormir, a gente se vê.
-Espera. A gente pode sair-disse bloqueando minha passagem com o braço e fixando os olhos nos meus.
-Preciso ir- interrompi o silêncio.
-Eu não entendo- disse ele confuso
-É fácil, estou com cansada de não fazer nada e preciso ir. Tchau- disse saindo.
Eu não entendi porque ele quis me segurar, mas eu voltei para meu quarto já que não aguentava mais o sono.
Acordei com a luz do dia que vinha da janela no meu rosto. Percebi que seria mais um dia tedioso e metaforicamente nublado naquele lugar. Ainda era feriado então a escola estaria vazia e decidi ficar no quarto dessa vez. Levantei com uma batida na porta.
-Oi - disse o mesmo garoto de ontem - Quer que eu te pague um café?
-Como você sabia meu quarto? – na verdade eu não ligava para isso
-Acho que você me disse. Então vai querer?
-Sim, só vou me trocar.
-Vou te esperar
Me vesti com qualquer coisa e saí. Ele ainda estava lá fora.
-Pronta?
-Sim, você paga?
Cinco minutos depois já estávamos sentados na cafeteria.
-Gostaria de sair comigo hoje à noite?
-Talvez. Eu ainda não sei o seu nome
-James
Ele fixou os olhos nos meus.
-Sim ou não?
-Talvez?
-Preciso ir agora, depois passo no seu quarto então- disse se levantando da cadeira meio estranho.
-Até mais.
Eram umas oito horas, o céu já estava escuro. Passara o dia no quarto terminando de ler. Novamente levantei com uma batida na porta.
-Vai querer sair?
-Ok James, tenho escolha?
-Não.
De novo vesti o primeiro jeans que achei e a primeira camiseta da gaveta. Abri a porta do quarto e o vi no fim do corredor esperando por mim. Foi a primeira vez que percebi como ele era. Ele tinha olhos azuis e cabelos castanhos escuros.
-Vamos?- disse ele balançando a cabeça em direção a saída.
Eu não respondi nada só o segui em direção ao estacionamento. Ele abriu a porta do carro para mim, um conversível esportivo.
-Você já comeu alguma coisa? Quer jantar?- disse ele ao entrar no carro.
-Sim?
-Ótimo
Ele estacionou na frente de um restaurante. Entramos e nos instalamos em uma mesa.
Comemos e ficamos conversando durante horas. Ele falou sobre Diamond Beach.
Não era tão desinteressante quanto a Lucy, mas não mantínhamos a mesma conversa por muito tempo.
-Já é tarde- disse
-É, vamos então.
Chegamos à escola que não ficava tão longe da cidade.
- Boa noite
-Boa noite - disse sorrindo
Fui para meu dormitório, me troquei e dormi. No dia seguinte passei metade do dia lendo mais um livro sobre alguma coisa irrelevante que não ficou muito tempo guardada na memoria. Quando terminei, fui para a biblioteca buscar outro.
-Oi- disse uma voz atrás de mim.
Me virei sem vontade já sabendo quem erra:
-Devia chamar a policia, isso já esta virando perseguição. Você não tem nada melhor para fazer, tipo... induzir garotas a irem em festas inexistentes?
-Seria perseguição se eu se eu fosse um maníaco-depressivo que tivesse várias fotos suas no armário, mas no momento só estou conversando com uma garota que esta sempre no mesmo lugar- puxou uma cadeira para se sentar do meu lado novam

4 comentários:

Esyath disse...

Está ficando interessante... o envolvimento foi bem depressa... E acho que podiam haver mais descrições físicas das situações...

marcella karoline disse...

sim,também acho isso,
a morte de Lucy tá dando um suspense muito
bom.

Anônimo disse...

cool!:))AV,無碼,a片免費看,自拍貼圖,伊莉,微風論壇,成人聊天室,成人電影,成人文學,成人貼圖區,成人網站,一葉情貼圖片區,色情漫畫,言情小說,情色論壇,臺灣情色網,色情影片,色情,成人影城,080視訊聊天室,a片,A漫,h漫,麗的色遊戲,同志色教館,AV女優,SEX,咆哮小老鼠,85cc免費影片,正妹牆,ut聊天室,豆豆聊天室,聊天室,情色小說,aio,成人,微風成人,做愛,成人貼圖,18成人,嘟嘟成人網,aio交友愛情館,情色文學,色情小說,色情網站,情色,A片下載,嘟嘟情人色網,成人影片,成人圖片,成人文章,成人小說,成人漫畫,視訊聊天室,性愛

Guerrilheiro das Palavras disse...

Interessante que seus pais estão em processo de divórcio e, enquanto estava por perto, não lidavam bem com suas ações sem pensar. Pq tudo isso? Uma coincidência clássica vc, ao ir ao último local para tentar se entreter, biblioteca, e dar de cara com um vulto ousado, atrevido, simpático e determinado, numa escola vazia e nublada. Ao ser indagada das fofocas acerca de suas "delinquencias" demonstrou aparente comportamento dissociativo, com nuances de desligamento, desinteresse. Mas suavizou ao remendá-lo explicando que a briga que teve não foi tão grave como diziam por aí. A meu ver, ele foi perspicaz atingindo o ócio que te bocejava as horas. Após conversas nem tanto desinteressantes e a escolha que vc delegou a ele, por ser a vc indiferente... vestir-se de qualquer modo, percebeu tarde, acho, as investidas dele, e elogios: ao confrontar sua advertência defensiva, ele revelou empatia especial à sua maneira de ser, melhor do que a maioria das garotas da escola. E antes disso, por acaso ou não, vc conseguiu fixar-se nos atentos olhos agudos que vez hora te miravam em silêncios sorridentes e irônicos.